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África: prisão para quem usar sacolas plásticas

Para combater poluição, o Quênia, país da África, vai prender e multar quem produzir ou usar sacolas plásticas. Multa chega a R$ 120 mil.


O Quênia deve colocar em vigor a maior proibição de sacos de plástico do mundo.

 

O Quênia acaba de aprovar uma das legislações mais duras do mundo com relação a produção, venda e uso de sacolas plásticas. Tais práticas poderão ser, a partir desta segunda-feira, motivo de prisão por mais de quatro anos ou para o pagamento de multa de até R$ 120 mil (US$ 40 mil). O objetivo é diminuir a poluição que resulta do consumo excessivo de plástico.


O país se junta a outras 40 nações que baniram parcialmente ou taxaram a comercialização de sacolas, incluindo China, França, Ruanda e Itália.


As sacolas plásticas podem levar de 500 a 1.000 anos para se decompor. Imagens em que elas aparecem flutuando nos oceanos ou sufocando animais marinhos são cada vez mais comuns na internet. As sacolas podem ainda entrar na cadeia alimentar humana através dos peixes e outros animais que acabam as ingerindo.


Imagem de 2015 mostra homens e mulheres escavando material reciclável entre montanhas de lixo em Nairóbi, no Quênia - Ben Curtis / AP

 

"Se continuarmos dessa forma, em 2050 nós teremos mais plástico no oceano que peixes", afirmou Habib El-Habr, especialista em lixo marinho que trabalha no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Em Nairóbi, as capitais quenianas, em alguns matadouros, foram retiradas dos estômagos de vacas criadas para o consumo humano até 20 sacolas plásticas.


A legislação do Quênia permitirá que a polícia persiga qualquer pessoa carregando uma sacola plástica. A ministra do Meio ambiente, Judy Wakhungu, disse, entretanto, que tais medidas são direcionadas para as indústrias - fabricantes e fornecedores.


"Homens comuns não serão prejudicados", afirmou Judy.


Por outro lado, há quem aponte que a decisão possa prejudicar o setor: demitindo centenas de pessoas, até 80 mil, e forçando o fechamento de fábricas.


Estimativas apontam que os quenianos utilizam cerca de 24 milhões de sacolas plásticas por mês. Redes de supermercado já começaram a oferecer sacolas de pano como alternativa.

Fonte: O Globo/AP

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