Para simplificar o acesso aos dados de nível do lago Guaíba, em Porto Alegre (RS), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) disponibilizou um link de acesso rápido em seu site. Por meio dele, qualquer pessoa pode ter acesso ágil aos dados de monitoramento da ANA na capital gaúcha, que vem enfrentando fortes chuvas e enchentes desde o fim de abril, assim como outros municípios do estado. A estação destacada nesse caso é a Cais Mauá C6, que fica no Guaíba, em Porto Alegre. Nesse ponto o lago atingiu o máximo histórico de 5,35m às 5h30 do último domingo, 5 de maio. Essa marca superou o máximo histórico já registrado na capital gaúcha antes deste evento extremo: 4,76m na enchente de 1941.
A Agência também disponibiliza dados mais atualizados de nível e vazão de rios do Sul e de todo o País, assim como informações de chuvas, pelo sistema Hidro-Telemetria tanto via internet quanto pelo aplicativo Hidroweb Mobile para dispositivos Android e iOS.
A ANA coordena as atividades desenvolvidas no âmbito da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) conforme estabelecido pela Lei nº 9.984/2000. A Agência possui uma rede de monitoramento de níveis e vazões de rios e de chuvas em todo o Brasil. São mais de 4,5 mil estações de monitoramento, sendo aproximadamente 1.900 estações fluviométricas (medem níveis e/ou vazões de rios) e 2.800 estações pluviométricas (medem chuvas).
A partir dos dados das estações da Rede Hidrometeorológica Nacional, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem disponibilizado previsões dos níveis d’água no rio Guaíba, consideradas pelas instituições envolvidas na gestão do evento crítico como as mais adequadas para o momento. Segundo última previsão, disponibilizada às 12h desta segunda-feira, 6 de maio, os cenários de previsão indicam cheia duradoura com níveis elevados acima de 5m nos próximos dias e uma redução lenta, mantendo cotas acima de 4m durante a semana.
No entanto, é apontada a possibilidade de elevação desse nível em função das chuvas previstas a partir do próximo fim de semana. Com isso, as águas poderão retornar à marca dos 5m. Caso as chuvas não se confirmem, o IPH aponta para uma tendência de redução das cotas, mas ainda acima de 3m nos próximos dez dias. No caso da cheia de 1941, foram necessários 32 dias para a descida do nível até a marca dos 3m.
Em 3 de maio, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico realizou a 1ª Reunião Extraordinária em 2024 da Sala de Crise da Região Sul. Transmitido ao vivo pelo canal da Agência no YouTube, o encontro foi promovido com o objetivo de discutir a situação hidrometeorológica atual do Sul e identificar as perspectivas para os próximos dias no contexto das fortes chuvas e inundações que vêm ocorrendo na região desde o fim de abril sobretudo nas bacias dos rios Jacuí, Taquari, Antas e Uruguai.
A 2ª Reunião Extraordinária da Sul de Crise da Região Sul acontecerá na próxima quinta-feira, 9 de maio, às 10h, com transmissão pelo canal da ANA no YouTube. Esse encontro terá o objetivo de retratar a situação hidrológica e climática do Sul para municiar, com as melhores informações disponíveis, os órgãos que estão atuando nessa situação de enchentes e fortes chuvas na região.
Segundo a Lei nº 9.984/2000, que criou a ANA, cabe à agência reguladora planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundações. Essa atuação acontece no contexto do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e em articulação com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) – que integra a estrutura do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e é o órgão central do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – em apoio aos estados, Distrito Federal e municípios.
Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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