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Sumário da água

Blog da REBOB

Enchentes: confira as principais causas e veja como evitar

Durante o verão, as enchentes, inundações e alagamentos passaram a ser algo corriqueiro na vida da população de algumas cidades brasileiras, principalmente nos grandes centros urbanos.



As enchentes, além de transtornos, causam perdas humanas e materiais, especialmente nas grandes cidades em que a ocupação ocorreu de forma desordenada e sem planejamento. De acordo com o IBGE, entre 2008 e 2012, cerca de 1,4 milhão de brasileiros ficaram desabrigados e desalojados por conta das enchentes urbanas e segundo o órgão, 8,2 milhões de brasileiros estão sob risco de enchente ou deslizamento no país.


Mas, afinal, por que as enchentes acontecem?


As enchentes, inundações e alagamentos podem ser separadas em dois tipos de causas principais:


 

Causas naturais


O fator natural decorre do grande volume de chuva em rios perenes, que costumam ter dois tipos de leito: o leito menor, por onde a água corre durante maior parte do tempo, e o leito maior, que é inundado após um período de cheias.


Muitas cidades brasileiras têm construções, casas e ruas no leito maior do rio e que, consequentemente, acabam sofrendo com essas cheias. Por isso é importante respeitar as áreas de preservação permanente (APP), que são áreas que devem ser preservadas da ocupação antrópica, de modo a preservar os recursos hídricos e as paisagens em áreas que apresentam fragilidade ambiental, como margens de rios e encostas íngremes.


Fonte: Brasil Escola


 

Causas antrópicas


São causadas pela interferência humana sobre os cursos da água, como por exemplo:


Ocupação inadequada


Nas grandes cidades, há a construção de ruas, marginais, edifícios, pontes e casas em terrenos inadequados à ocupação humana, próximos aos cursos hídricos, como as várzeas e as planícies de inundação. Quando chove, essas construções são as primeiras a serem atingidas.


Ausência de infraestrutura em drenagem


Para evitar as enchentes, é necessário que os locais contenham um bom sistema de drenagem pluvial. Isso inclui bocas de lobo ou bueiros livres para que as águas das ruas sejam drenadas e encaminhadas para os rios.


Destinação incorreta dos resíduos sólidos e líquidos


A população e algumas empresas descartam lixo e esgoto próximo aos rios ou até dentro deles, sobrecarregando o leito. Quando chove, provocam o transbordamento das águas. Em especial nas cidades brasileiras, onde a ausência de saneamento básico e a destinação inadequada para o lixo, é comum.


Desmatamento e queimadas


O desmatamento e as queimadas ocasionam inundações e alagamentos, uma vez que provocam o assoreamento dos rios e consequente elevação de seu leito. Além disso, diminuem a infiltração da água no solo, que corre em maior volume para o curso d’água.

 

O que você pode fazer para prevenir as enchentes?

  • Jogue o lixo no lugar certo: O descarte incorreto de lixo pode entupir bueiros e causar alagamentos. É um dever de todos jogar o lixo no lixo!

  • Não desmate: A vegetação é sem dúvida uma excelente forma de evitar enchentes. Ao danificar a vegetação próxima aos rios com desmatamento e queimadas, as margens são diretamente afetadas e os leitos transbordam com mais facilidade. Com menos infiltração de água no solo, por exemplo, elas acabam direcionadas para os rios.

  • Criação de Rios vegetais: Uma maneira bem ecológica de diminuir os alagamentos é a plantação de vegetações ao redor dos rios que passam pelas cidades. Diferentemente do asfalto, o solo consegue absorver grande parte da água da chuva , evitando então o transbordamento dos lagos.


 

Como agir em caso de enchentes?


- Redobre a atenção no trânsito: Nunca tente dirigir um veículo na água se o nível estiver acima do joelho (45 a 60 cm) já que a maioria dos veículos possui o motor próximo a essas alturas. Evite estacionar o veículo nas proximidades de locais de drenagem de água, seja no campo ou na cidade.


- Proteja a sua vida, a de seus familiares e amigos. Se possível, evite contato com as águas de enchentes, elas podem estar contaminadas e assim provocar doenças;


- Evite voltar para casa até as águas baixarem e o caminho estar seguro: Só entre na água se for absolutamente necessário, usando botas de borracha.

- Considere as condições meteorológicas: No verão, os alagamentos são mais comuns durante a tarde ou início da noite, uma vez que a formação de temporais depende do forte aquecimento local. Mas eventualmente podem ocorrer em outros horários, como no caso de penetração de frentes frias.


- Opte por locais mais seguros: Caso você esteja em uma área de baixada sujeita a alagamento, ao primeiro sinal de aumento do nível de água procure um lugar mais elevado para se proteger.


 

E lembre-se sempre que em caso de emergência, você pode acionar a Defesa Civil pelo telefone (199).


Quer se aprofundar no assunto? Confira nossa entrevista com Melissa Graciosa, Professora da UFABC e Especialista em Gestão do Risco de Inundações Urbanas, que vai ao ar nesta sexta-feira, 15/01, às 18:00, em nosso canal do Youtube. Não perca!


Confira a explicação do Professor Água também sobre o tema: CLIQUE AQUI


Escrito por Bruna Soldera.


Fonte: Instituto Água Sustentável - IAS

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