Número foi alcançado com a soltura de 115 mil peixes na Bacia do Rio Ivaí nesta semana. O repovoamento de peixes é uma ação da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), através da Superintendência Geral de Pesca e Bacias Hidrográficas do Paraná (SDBHP).
O Projeto Rio Vivo, do Governo do Estado, atingiu a meta de repovoar as Bacias Hidrográficas do Paraná com 2,615 milhões de peixes nativos. O número foi alcançado nesta semana com a soltura de 115 mil peixes na Bacia do Rio Ivaí, no município de Turvo (Região Centro-Sul). A ação é da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), através da Superintendência Geral de Pesca e Bacias Hidrográficas do Paraná (SDBHP).
A execução do projeto se fundamenta na Resolução nº 010/02021, que normatiza o repovoamento com peixes nativos nas bacias do Estado. O objetivo é proteger a biodiversidade aquática nas 16 Bacias Hidrográficas do Estado, garantindo água em quantidade e qualidade para todos e geração de renda para os pescadores.
O Rio Vivo também promove o plantio de árvores nativas nas margens dos rios e o recolhimento de lixo durante os eventos de soltura. A ação conta com a ampla participação da sociedade civil, especialmente de alunos de escolas locais e pessoas da terceira idade. Os participantes aprendem sobre a importância de cuidar da fauna aquática e do entorno dos rios.
“Além de promover o repovoamento dos rios, para compensar os peixes retirados pelos pescadores, o projeto também inclui ações de educação ambiental. São sementes que plantamos para o desenvolvimento de uma sociedade ecologicamente mais consciente”, destaca o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza.
Somente a Bacia do Rio Ivaí recebeu um total de 535 mil peixes nativos. De acordo com o superintendente-geral da Pesca e Bacias Hidrográficas, Francisco Martim, as espécies foram soltas nos rios com base em estudos. Os lambaris, por exemplo, são de uma espécie que indica que o local onde ele se encontra é preservado.
“A sobrevivência do lambari exige água limpa. Embora seja um peixe pequeno, é o mais predador do rio e se alimenta de larvas, ajudando a manter o ambiente limpo”, destaca. Além disso, lembra o superintendente, os peixes são inseridos na fauna aquática quando possuem chances de sobrevivência. “Os peixes juvenis não são pequenos demais para virarem presas e não crescem muito a ponto de perderem a capacidade de caçar”, reforça.
RIO VIVO – O projeto Rio Vivo foi criado com o objetivo de proteger a fauna aquática e o ambiente natural contra espécies invasoras. Por isso, os peixes são escolhidos para o repovoamento de acordo com as características de cada corpo hídrico considerado.
É proibido povoar os rios com espécies exóticas ou invasoras (de origem estrangeira). A introdução de espécies do Brasil, mas não originárias do local especificamente (alóctones), é passível de autorização mediante análise e estudo de impacto ambiental na região.
A lista de espécies permitidas para a soltura em rios, mares e estuários no Paraná pode ser consultada na Resolução nº 010/02021.
RIO IVAÍ – O rio Ivaí é considerado uma artéria de vida na natureza do Paraná, com características geográficas e biológicas raras no País. No Estado do Paraná, ele é o rio que mais mantém suas características originais, sem trechos de barramentos.
Por conta disso, o rio se torna o maior berçário do Estado para as espécies nativas migradoras durante o Piracema, período em que a pesca é proibida para garantir a reprodução das espécies.
Além disso, com mais de 680 km de extensão, todo em território paranaense, o rio também tem um grande potencial para turismo náutico e ecoturismo, destacando-se a pesca esportiva em nível internacional e a canoagem.
Paraná atinge meta de repovoar as bacias hidrográficas com 2,615 milhões de peixes nativos - Foto: Sedest
Fonte: Instituto Água e Terra
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