Desde o ano passado, 2,5 milhões de peixes nativos foram soltos nas bacias hidrográficas do Paraná. O programa Rio Vivo normatiza a estocagem e o repovoamento dos rios, com ações de plantio de mudas de árvores nativas e participação da sociedade civil e prefeituras.
A Bacia Hidrográfica Iguaçu e a Unidade Hidrográfica 2 Capivari, afluente do Rio Ribeira, receberam neste sábado (28) meio milhão de peixes nativos pelo projeto Rio Vivo. A ação é da Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), através da Superintendência Geral de Pesca e Bacias Hidrográficas do Paraná.
Os peixes foram soltos nos municípios de Campo Largo, Pinhais, São José dos Pinhais e Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Com isso, o Estado atinge a marca de 2,5 milhões de peixes nativos soltos nas bacias hidrográficas do Paraná de acordo com a Resolução nº 10/2021, que regulamenta a estocagem e o repovoamento dos rios.
O projeto Rio Vivo prevê, ainda, o plantio de mudas de árvores nativas às margens dos rios e a participação das prefeituras e da sociedade civil, especialmente de estudantes do ensino fundamental. “É importante que as crianças entendam a questão ambiental para cuidar e preservar”, destacou o secretário Everton Souza.
Segundo ele, repovoar rios é um ato fundamental para garantir a preservação da fauna e da flora, gerar renda aos pescadores e também garantir água em quantidade e qualidade para as gerações futuras.
“Para obter uma eficiente gestão ambiental e preservar o grande patrimônio natural que o Estado possui, em água, floresta e solo, é preciso caminhar junto com os municípios”, afirmou.
Os quatro municípios foram repovoados com lambaris juvenis. De acordo com o superintendente-geral da Pesca e Bacias Hidrográficas, Francisco Martin, essa espécie indica que o local onde ela se encontra é um local preservado. “O lambari é o peixe mais exigente da ictiofauna paranaense, pois exige água limpa. Embora ele seja pequeno, é o peixe mais predador do rio e se alimenta de larvas, limpando ainda mais o rio”, disse.
De acordo com ele, os peixes juvenis são do tamanho adequado para que cresçam e se reproduzam. O prefeito de Campo Largo, Mauricio Rivabem, elogiou a iniciativa do Rio Vivo em incluir as crianças nas ações de soltura. “A educação não se dá apenas nas escolas, mas também em mostrar para as crianças o que se faz na vida normal. Nessa ação, elas colocam novas vidas nos rios”, afirmou.
Campo Largo recebeu 150 mil novos peixes no Parque Newton Puppi. Outros 50 mil peixes foram soltos no Parque São José, em São José dos Pinhais; 150 mil no Parque das Águas, em Pinhais; e 150 mil na Rampa Municipal (Praça do pescador), em Campina Grande do Sul.
RIO VIVO – O programa Rio Vivo foi criado com o objetivo de proteger a fauna silvestre e o ambiente natural contra espécies invasoras. É proibido povoar os rios com espécies exóticas ou invasoras, de origem estrangeira. A introdução de espécies do Brasil, mas não originárias do local especificamente (alóctones), é passível de autorização mediante análise e estudo de impacto ambiental na região.
Exóticas são espécies presentes em determinada área geográfica, da qual não são originários, ou seja, foram introduzidos pelo homem. Eles vêm de outro país e sua introdução ou dispersão pode ameaçar a diversidade biológica local.
Já os alóctones são espécies presentes em um outro ecossistema ou área geográfica, mas originárias do mesmo país, espécie, subespécie de hierarquia inferior, ocorrendo fora de sua área de distribuição natural, porém, com capacidade de sobreviver e reproduzir-se.
A lista de espécies permitidas para e soltura em rios, mares e estuários no Paraná pode ser consultada na Resolução nº 10/2021.
RIO VIVO Os peixes foram soltos nos municípios de Campo Largo, Pinhais, São José dos Pinhais e Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Com isso, o Estado atinge a marca de 2,5 milhões de peixes nativos soltos nas bacias hidrográficas do Paraná de acordo com a Resolução nº 10/2021, que regulamenta a estocagem e o repovoamento dos rios. |
Fotos: Alessandro Vieira
Fonte: Instituto Água e Terra
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