Agência realiza 7ª Reunião do GTA Nordeste para discutir segurança hídrica e cenários climáticos na região
- amandachicattomkt
- 24 de out.
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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizou, nesta quarta-feira, 22 de outubro, a 7ª Reunião do Grupo Técnico de Acompanhamento do Nordeste (GTA Nordeste). O encontro, que ocorreu de forma híbrida, teve como foco a atualização dos cenários climáticos e hidrológicos da região, a infraestrutura para segurança hídrica e os desafios enfrentados pelos estados nordestinos na operação e manutenção de reservatórios.
Moderada pelo superintendente de Regulação de Usos de Recursos Hídricos da ANA, Marco Neves, a reunião contou com a participação das diretoras Ana Carolina Argolo e Cristiane Battiston, representantes de órgãos estaduais de recursos hídricos e instituições federais.
Na abertura, Neves destacou que o foco do encontro foi definido a partir de demandas do encontro anterior, realizado em maio. “Essa reunião tem um propósito mais focado na solicitação que veio da sexta reunião, que é tratar das previsões climatológicas para o Nordeste nos próximos meses e dos sistemas hídricos locais”, explicou.
Medidas preventivas e integração entre estados
A diretora Cristiane Battiston ressaltou em sua fala a necessidade de ações coordenadas e preventivas diante do contexto climático desafiador. “O que o cenário mostra é que teremos de adotar medidas de preparação antes mesmo de termos os planos de seca prontos. É importante usar esses encontros para definir encaminhamentos e articulações entre estados e instituições federais”, afirmou.
Battiston também defendeu maior integração na gestão das barragens e no monitoramento de sistemas hídricos, sugerindo reuniões operacionais específicas para tratar de situações críticas.
Durante o encontro, o superintendente adjunto de Operações e Eventos Críticos da ANA, Alan Lopes, apresentou o andamento da elaboração dos planos de seca, que buscam orientar estados e municípios na adoção de ações preventivas e mitigadoras antes dos períodos críticos. Ele ressaltou que o tema está alinhado ao Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil.
“Temos uma visão de que a preparação para secas seria uma evolução natural, um aprimoramento do próprio programa Monitor de Secas. É a hora de colocar de pé um instrumento que use essa informação de uma maneira mais sistemática e dispare ações de prevenção, de preparação, no sentido de minimizar os danos, de antecipar o que pode ser feito para reduzir os custos e os impactos durante a seca”, explicou. Ainda durante a reunião, o superintendente de Operações e Eventos Críticos da ANA, Joaquim Gondim, apresentou a situação do rio São Francisco, enfatizando o estado de atenção dos principais reservatórios da bacia.
O representante do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Bruno Alves, destacou a importância de equilibrar as respostas emergenciais com políticas de longo prazo. “Têm os atendimentos emergenciais, que sabemos que não são de ciclo rápido de implementação, mas são as ações estruturantes que vão trazer os fundamentos para a segurança hídrica da região. Temos que olhar por essas duas vertentes, não só a situação atual, mas o que estamos fazendo no ano seguinte, na década seguinte”, detalhou.
Segundo Alves, o MIDR tem trabalhado com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) para recuperar reservatórios e aprimorar a operação e manutenção das estruturas hídricas.
Colaboração e próximos passos
Durante a reunião, representantes dos estados nordestinos apresentaram suas experiências e desafios locais na gestão dos recursos hídricos, com destaque para a necessidade de fortalecer a infraestrutura e aprimorar os mecanismos de alocação de água.
O encontro foi encerrado com encaminhamentos voltados à integração entre os órgãos estaduais e federais, com o compromisso de manter um diálogo contínuo e operacional entre as instituições envolvidas na segurança hídrica do Nordeste.
Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)







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