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Sumário da água

Blog da REBOB

Dia do Rio Doce: CBH-DOCE comemora a data com a execução de iniciativas


Encontro dos rios Carmo e Piranga – formação do rio Doce

No dia 13 de dezembro é celebrado o Dia do rio Doce. A data é instituída para mobilizar a população em torno da recuperação e conservação de um dos principais mananciais brasileiros. Com extensão de 850 quilômetros, o Rio Doce está numa Bacia Hidrográfica que abrange 228 municípios nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e abriga em seu entorno atividades econômicas diversificadas, com destaque para a agropecuária, mineração, indústria – na região se encontra instalado o maior complexo siderúrgico da América Latina – e geração de energia elétrica, além de garantir a renda de pescadores e pessoas criadas em suas margens.


“Em 2022, nós do CBH-Doce estamos comemorando a data com muito trabalho. Nas regiões dos rios Piranga, Piracicaba, Santo Antônio e Caratinga iniciamos a execução do Rio Vivo – dentro dessa iniciativa já estão sendo cercadas nascentes, fossas sépticas serão construídas e caixas secas também. Quando fazemos essas ações nos afluentes significa que teremos mais água no rio Doce, além de um manancial menos assoreado.” Destaca o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, Flamínio Guerra.


Outro problema recorrente é a perda de água nos sistemas de distribuição das companhias de abastecimento. De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) a média de perdas de água tratada na rede de distribuição para a nossa região é de 28,66%, ou seja, cerca de 1/3 da água retirada dos mananciais (e que passa pelo processo de tratamento) é perdida.

“Essa é uma grande preocupação, a notícia boa é que no último dia 8/12, assinamos o contrato para desembolsar cerca de R$5,25 milhões para os municípios de Guanhães, João Monlevade, Manhuaçu, Raul Soares e Itaguaçu. O valor repassado será investido em inteligência artificial para reduzir essa perda.” Anuncia, Flamínio.


O nosso rio Doce


Apesar de ser denominado “Doce”, a população indígena o reverencia como “Watu”, o mesmo que “Rio Grande”. Poucos sabem, entretanto, que o primeiro nome do manancial foi Santa Luzia, devido a uma expedição realizada a mando do rei de Portugal, D. Manuel, que partiu da Europa em 1501 com três caravelas para desbravar as novas terras. Nas anotações dos navegantes as descobertas de inúmeros acidentes geográficos eram batizadas com o nome do santo do dia. Em 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, a esquadra avistou a mancha das águas de um rio tingido pelo azul do Oceano Atlântico e deu a ela o nome da padroeira da visão.


Quanto ao nome “Doce”, historiadores atribuem a origem do batismo ao fato de ter sido encontrada água doce a seis milhas da costa.


Fonte: CBH-DOCE

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